Garganta funda...
Há trinta anos marcou uma data na História do século XX. Chamava-se «Garganta Funda» - e ainda é o mais célebre filme pornográfico de sempre.
Entendamo-nos: Garganta Funda não fica nos anais do cinema por qualquer proeza técnica, narrativa ou de conteúdo. Tão só e apenas por ter estreado em Times Square, no coração de Nova Iorque, fazendo saltar o cinema de sexo explícito dos tugúrios da clandestinidade para a luz do dia e a normalidade de uma sala de cinema. Foi judicialmente perseguido, sucessivamente banido e reposto, numa cruzada em que a política e a moral de Nixon encontravam um objecto que cristalizava algo que o poder considerava intolerável. Mas, entretanto, a rua tornara «Garganta Funda» um fenómeno de moda, a fila dava a volta ao quarteirão, o «New York Times» ocupava-se da fita, como fenómeno sociológico e como filme, os críticos falaram dele - e diz-se mesmo que Jacqueline Kennedy foi um dia vista a sair da sala no fim de uma sessão... Pouco tempo volvido, quando um informador resolveu começar a contar coisas aos repórteres do «Washington Post», adoptou como pseudónimo o título da fita: o «Watergate» rebentava e foi o que se viu.
O filme carregou consigo uma série de lendas e consequências. A mais firme das lendas é a de que terá sido o filme mais rentável da História do Cinema, arrecadando milhões e milhões para um investimento ridículo de alguns milhares (e era a Máfia quem estava por detrás...). A maior das consequências viveu-a Linda Lovelace, a protagonista com uma habilidade oral que era equivalente ao número circense de engolir espadas: poucos anos volvidos, convertida à militância feminista, não se cansou de afirmar que fora forçada a fazer o filme e fartou-se de vender livros de memórias. E Gerard Damiano, o cabeleireiro que sonhava ser realizador de filmes, tornou-se um dos raros nomes a quem podemos chamar de «autores» na área do cinema «porno».
Um documentário de longa-metragem sobre o filme e o seu tempo («Dentro da Garganta Funda» ) estreia esta semana nas salas portuguesas.
Entendamo-nos: Garganta Funda não fica nos anais do cinema por qualquer proeza técnica, narrativa ou de conteúdo. Tão só e apenas por ter estreado em Times Square, no coração de Nova Iorque, fazendo saltar o cinema de sexo explícito dos tugúrios da clandestinidade para a luz do dia e a normalidade de uma sala de cinema. Foi judicialmente perseguido, sucessivamente banido e reposto, numa cruzada em que a política e a moral de Nixon encontravam um objecto que cristalizava algo que o poder considerava intolerável. Mas, entretanto, a rua tornara «Garganta Funda» um fenómeno de moda, a fila dava a volta ao quarteirão, o «New York Times» ocupava-se da fita, como fenómeno sociológico e como filme, os críticos falaram dele - e diz-se mesmo que Jacqueline Kennedy foi um dia vista a sair da sala no fim de uma sessão... Pouco tempo volvido, quando um informador resolveu começar a contar coisas aos repórteres do «Washington Post», adoptou como pseudónimo o título da fita: o «Watergate» rebentava e foi o que se viu.
O filme carregou consigo uma série de lendas e consequências. A mais firme das lendas é a de que terá sido o filme mais rentável da História do Cinema, arrecadando milhões e milhões para um investimento ridículo de alguns milhares (e era a Máfia quem estava por detrás...). A maior das consequências viveu-a Linda Lovelace, a protagonista com uma habilidade oral que era equivalente ao número circense de engolir espadas: poucos anos volvidos, convertida à militância feminista, não se cansou de afirmar que fora forçada a fazer o filme e fartou-se de vender livros de memórias. E Gerard Damiano, o cabeleireiro que sonhava ser realizador de filmes, tornou-se um dos raros nomes a quem podemos chamar de «autores» na área do cinema «porno».
Um documentário de longa-metragem sobre o filme e o seu tempo («Dentro da Garganta Funda» ) estreia esta semana nas salas portuguesas.
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